quarta-feira, 13 de maio de 2015

UMA ANTIGA LENDA ÁRABE




Conta uma antiga lenda que na Idade Media um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher.
Na verdade, o autor era pessoa influente do reino e por isso, desde o primeiro momento se procurou um "bode expiatório" para acobertar o verdadeiro assassino.

O homem foi levado a julgamento, já temendo o resultado: a forca.
Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta história.
O juiz, que também estava combinado para levar o pobre homem a morte, simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado que provasse sua inocência.
Disse o juiz: sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte nas mãos do Senhor:
vou escrever num pedaço de papel a palavra INOCENTE e no outro pedaço a palavra CULPADO.
Você sorteara um dos papéis e aquele que sair será o veredicto.
O Senhor decidirá seu destino, determinou o juiz.
Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis, mas em ambos escreveu CULPADO de maneira que, naquele instante, não existia nenhuma chance do acusado se livrar da forca.
Não havia saída.
Não havia alternativas para o pobre homem.
O juiz colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um.
O homem pensou alguns segundos e pressentindo a "vibração" aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis e rapidamente colocou na boca e engoliu.
Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem.

"Mas o que você fez?" E agora? Como vamos saber qual seu veredicto?"
"É muito fácil", respondeu o homem.
"Basta olhar o outro pedaço que sobrou e saberemos que acabei engolindo o contrário."
Imediatamente o homem foi liberado.

MORAL DA HISTORIA:

Por mais difícil que seja uma situação, não deixe de acreditar ate o ultimo momento.
Saiba que para qualquer problema há sempre uma saída.
Não desista, não entregue os pontos, não e deixe derrotar.
Persista, vá em frente apesar de tudo e de todos, creia que pode conseguir.


                                                                                               Vanessa Cuca

UM CRIME QUASE PERFEITO


Narrador: Era um dia ensolarado típico da região norte nordeste. Naquele dia ,um detetive,procurava,sem descansar,um assassino. ’’Muito engenhoso‘’ ,pensava ele;
Dona Ester, havia sido encontrada morta ,em seu apartamento, deitada na cama.Ela estava pálida. Não se encontrava nenhum vestígio de sangue em seu corpo .Seu sangue foi drenado.O assassinato ocorreu durante ás nove e onze horas da noite.A empregada Maria do Socorro,encontra o corpo de sua patroa ,ás nove e meia da manhã ,quando esta chegava ao trabalho.
O detetive resolve interrogar a irmã mais nova Ruby.                       
Detetive :Então senhorita Ruby  o que você fazia na noite do assassinato?
Ruby :Eu estava no trabalho.Sou garçonete de um barzinho e trabalho das sete a meia noite horário que saio do trabalho.
Narrador :O detetive checou a afirmação de Ruby .Ela não estava mentindo.
Ele então interrogou a irmã mais velha Paola:
Detetive :Senhorita Paola ,onde estava na noite do crime?
Paola :Eu estava na balada,me divertindo com meus amigos.
Narrador :O detetive checou os álibis  de Paola.E ela dizia a verdade .Ele procurou digitais ,ou qualquer outra coisa ,que o assassino  deixara no apartamento .Mas não encontrou nada.O que mais lhe incomodava era não ter a mínima ideia do que realmente acontecera.’’Porque alguém ia querer drenar o sangue de uma pessoa?E onde colocara todo esse sangue?’’ ele se perguntava .Procurou respostas com Maria do Socorro,a empregada:
Detetive :Então dona Maria do Socorro,a senhora sabe se Dona Ester tinha algum inimigo ou inimiga?Ou uma pessoa de quem não gostava?
Empregada :A Dona Ester era uma pessoa muito amigável,não conheço ninguém que desejava o mal para ela!
Detetive :Com  quais pessoas Dona Ester falou no dia do crime?
Empregada :Eu não sei ao certo detetive,sai mais cedo do trabalho ontem.
Narrador :O detetive então ,procurou o porteiro Claudionor.
Detetive :Senhor Claudionor,com quais pessoas,dona Ester falou no dia do crime?
Porteiro :A senhora Ester não recebeu visita alguma,além de suas irmãs para comemorar o aniversário dela.
Detetive :Tem certeza disso?
Porteiro :Se eu me lembrar de mais alguma coisa eu lhe aviso.
Narrador :O detetive vasculhou mais uma vez  o apartamento.Agora ele tinha certeza de que aquela não era a verdadeira cena do crime.Ele então ,começou a procurar pela garagem e até mesmo por toda a vizinhança.Ele conheceu uma amiga de Dona Ester,com quem estudava no colegial Rosamélia era seu nome.
Detetive :Então,senhorita Rosamélia,você e Dona Ester,foram melhores amigas no colegial?
Rosamélia :È claro! Andávamos sempre juntas.
Narrador :Dizia Rosamélia sempre sorridente.
Rosamélia :Então detetive,ainda falta muito para encontrar o assassino?
Detetive :Ele é muito esperto.Mas não desistirei desse caso.
Narrador :O detetive parou em frente a uma vidraça cheia de garrafas de vinho.
Detetive :Gosta muito de vinho a senhorita não é?
Rosamélia:Adoro!Mas acredito que não poderá compartilhar o vinho comigo ,afinal deve procurar um criminoso.
Detetive :Muito obrigado por sua colaboração.
Rosamélia :Eu é que agradeço.Você é um ótimo detetive.
Narrador :O detetive continuou a procurar por provas,mas não encontrava nada.Enquanto andava pelos corredores,percebeu que o porteiro lhe procurava.
Detetive :O que houve seu Claudionor?
 Porteiro :A senhorita Rosamélia,saiu com Dona Ester!
Detetive :No dia do crime?
Porteiro :Sim foram jantar juntas.
Detetive:Muito obrigada seu Claudionor!
Narrador:O detetive procurou novamente Maria do Socorro em buscas de respostas.
Detetive:Dona Maria do Socorro,preste bastante atenção no que vou lhe perguntar agora,Dona Ester e a senhorita Rosamélia,estudaram juntas?
Empregada:Sim Dona Ester me contou várias estórias de seus tempos na escola,Dona Ester era bem popular na escola.
Detetive:Dona Ester era melhor amiga de Rosamélia?
Empregada:Mas é claro que não!Rosamélia odiava Dona Ester.
Detetive:Por quê?
Empregada:Como eu lhe disse Dona Ester era popular e                                                            Rosamélia era só uma garota comum.
Detetive:Então porque Rosamélia a odeia?Só porque não era popular?
Empregada:Também.Mas é que Dona Ester era muito malvada na escola,sempre humilhava as pessoas,principalmente a Rosamélia.
Detetive:Muito obrigado Maria do Socorro.
 Narrador:O detetive resolveu procurar provas na garagem de Rosamélia.Descobriu dentro do carro uma bomba,que estava repleta de sangue.Uma perfeita bomba para drenar o sangue de uma pessoa.  O detetive foi à procura de Rosamélia
Detetive:Então senhorita Rosamélia,porque você a matou?
Rosamélia:Ela me fez passar,por coisas terríveis,na escola.Alguma coisa finalmente ruim,muito ruim deveria acontecer com ela.Então a chamei para jantar,tentei fazer ela pedir desculpas pelo que me fez passar,mas rejeitou fazer isso,então eu não tive escolha.
Narrador:O detetive foi em direção a vidraça dos vinhos e segurando a garrafa disse:
Detetive:Resolveu então,esconder o sangue em garrafas de vinho.
Rosamélia:Era o vinho preferido dela.bom...dei esse prazer a ela.
Narrador:Dizia Rosamélia sempre com um imenso sorriso no rosto.
Rosamélia:Sabe o que foi mais engraçado?Foi ter que colocar Ester de cabeça pra baixo.
Detetive:Porque você fez isso?
Rosamélia:Seu sangue parecia não querer sair,então dei uma ajudinha.
Narrador:Rosamélia,tinha presa,mas ainda havia mais um mistério para resolver.  O detetive pediu para que analisasem o sangue de Dona Ester.Descobriram que Dona Ester estava sendo envenenada.   O detetive revistou mais uma vez o apartamento e descobriu um remédio para dores de cabeça.    Ele procurou novamente Maria do Socorro e esta lhe afirmara que Dona Ester sentia muita dor de cabeça e foi no dia do crime que Paola sua irmã entregou esse remédio a vítima.Analisaram o remédio ,este que realmente continha veneno.  O detetive foi a procura de Paola,que jantava com umas amigas.
Detetive:Senhorita Paola está presa por assassinar sua irmã.
Paola:Eu não drenei o sangue dela .
Detetive:Mas a envenenou.Para conseguir a sua parte da herança que ela lhe deixara.
Narrador:O detetive prendeu Paola .Enquanto voltava para casa  dizia pra si mesmo :’’um plano genial e engenhoso que jamais vi em minha profissão.
Rosamélia é levada  para o manicômio.
                                                                               PRISCILA LARA
         

A família contemporânea e a sua representação em questão no Brasil


Duas mães, dois pais, meio-irmão, enteados, filhos legítimos e adotivos. Esses são só alguns dos possíveis arranjos que configuram a família contemporânea. Os tempos de só “papai, mamãe, titia” parecem ter ficado na letra dos Titãs. Entretanto, ainda há muito que se discutir para que, de fato, essa nova configuração seja reconhecida e retrate a nova instituição familiar brasileira.
Apesar das visíveis mudanças, o conservadorismo ainda é latente na sociedade civil. Por trás do famoso discurso “respeito, mas não acho normal”, perpetua-se o preconceito. Recentemente, a Câmara dos Deputados ressuscitou um polêmico projeto denominado “Estatuto da Família”, que legitima apenas a união entre homem e mulher. Uma enquete do portal da Câmara mostrou que 53% das pessoas concordam com essa definição. Embora muito já se tenha conquistado, para uma parcela representativa da população, o modelo tradicional é o que representa a família brasileira.
Essa visão engessada do modelo familiar colabora com o crescimento da intolerância. Crianças que têm famílias fora do “convencional” costumam sofrer com o preconceito. Frequentemente, são noticiados casos de agressões a filhos de casais gays. A história mais recente teve um final trágico: a morte de um menino de 14 anos, filho adotivo de um casal homo afetivo. Os adolescentes que o agrediram são o reflexo de uma sociedade que ainda não aceita o diferente e acha que preconceito é questão de opinião.
Além disso, devem-se considerar, também, as demais estruturas familiares. Antigamente, a mulher divorciada estava fadada à solidão, pois não era aceita socialmente. Hoje, há inúmeros casos de mulheres que são chefes de família, solteiras e mães independentes. Apesar de sofrerem menos com o preconceito, elas ainda encaram desafios diários. No âmbito jurídico, muitas conquistas já foram alcançadas, mas, culturalmente, ainda há um longo caminho a percorrer para que o patriarcalismo institucionalizado dê espaço à pluralidade da nova representação familiar.

Por tudo isso, fica claro que ainda há muito que avançar nas discussões sobre a representatividade da instituição familiar. A luta é pedagógica. Por isso, o debate precisa se estender aos mais variados ambientes sociais. A escola, enquanto instituição socializadora, é responsável por naturalizar essa nova face, promovendo o respeito e a integração. O governo, por sua vez, precisa criar meios eficazes de punição aos casos de intolerância. Enquanto essas novas configurações continuarem a ser ocultadas, nunca serão representadas. Porque família não é tudo igual, o que muda é muito mais que o endereço.

O CÃO E A ÁRVORE



O cão e a árvore também são inacabados, mas o homem se sabe inacabado e por isso se educa. Não haveria educação se o homem fosse um ser acabado. O homem pergunta-se: quem sou? de onde venho? onde posso estar? O homem pode refletir sobre si mesmo e colocar-se num determinado momento, numa certa realidade: é um ser na busca constante de ser mais e, como pode fazer esta autorreflexão, pode descobrir-se como um ser inacabado, que está em constante busca. Eis aqui a raiz da educação. A educação é uma resposta da finitude da infinitude.
A educação é possível para o homem, porque este é inacabado e sabe-se inacabado. Isto leva-o à sua perfeição. A educação, portanto, implica uma busca realizada por um sujeito que é o homem. O homem deve ser o sujeito de sua própria educação. Não pode ser o objeto dela. Por isso, ninguém educa ninguém. Sem dúvida, ninguém pode buscar na exclusividade, individualmente. Esta busca solitária poderia traduzir-se em um ter mais, que é uma forma de ser menos. Essa busca deve ser feita com outros seres que também procuram ser mais e em comunhão com outras “consciências”. Jaspers disse: “Eu sou na medida em que os outros também são”.

Freire, P. Educação e mudança. 12. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979, p.14 (adaptado).